Em quaisquer civilizações, as guerras sempre estiveram presentes. Essa manifestação máxima da violência e da incapacidade de coexistência com outras culturas/povos é um fenômeno marcante na confusa e conturbada história da humanidade.
Em uma crítica banhada de personificação/ prosopopeia, fruto da arte de George Nunes Gog e do roteiro de Gabriel de Souza, Bacon vs Brocólis fala das contradições que preencheram e que preenchem as guerras de uma forma bem direta e explicativa.
A história retrata um conflito provavelmente de algumas décadas entre os brócolis e os porcos. Cujas causas são ligadas a uma raça não conseguir suportar a existência da outra em um mesmo espaço. A história também aborda como a prática da violência é importante para determinar e administrar as relações hierárquicas dentro duas espécies, além da aplicação da ciência para tornar a arte de matar mais precisa.
A principal mensagem transmitida pela história é que apesar das inevitáveis diferenças e conflitos originados delas, é plenamente possível que seres diferentes consigam ser habitantes de um mesmo mundo, mesmo que a adaptação com o que é diferente e geralmente assustador exija algumas gerações para passar de algo estranho, para um hábito, uma rotina, uma experiência normal na vida.
Bacon vs Brócolis narra de forma divertida e muito clara o desapego a guerra e uma investida corajosa em uma convivência menos bélica e mais tolerante. Afinal, debaixo das diferenças, todos nós buscamos uma vida gostosa de ser vivida e é nessa igualdade que muito da beleza dos seres pensantes se manifesta.
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